ERA UMA VEZ UM ARRASTÃO
Portugal 10 de Junho de 2006, praia de Carcavelos. Centenas de pessoas aproveitam o dia de sol do feriado nacional. A dada altura, gera-se a confusão, com insultos à mistura e a policia é chamada ao local. Às 20h, as televisões apresentam ao país o “arrastão”: centenas de assaltantes negros teriam provocado o caos, agredindo tudo e todos. Nos dias seguintes, a narrativa estende-se, a insegurança espalha-se e o medo generaliza-se; sucedem-se programas sobre o tema, comentadores atropelam-se para explicar o fenómeno, neo-nazis organizam manifestações contra a imigração. E no meio desta paranoia coletiva, alguém se esqueceu de ouvir testemunhos e o próprio desmentido da polícia – o “arrastão”, afinal, nunca existiu. Era uma vez um arrastão coloca a nú a perigosidade da manipulação mediática e a responsabilidade dos meios de comunicação na sustentação do racismo e da xenofobiaTítulo Original: Era uma vez um arrastão | Género: Documentário | Realizadores: Diana Andringa e Bruno Cabral | Duração: 30m | Ano: 2006 | M/12
Apresentação: Hugo Monteiro
Debate com: Diana Andringa – jornalista, Hugo Monteiro – autor do livro “Racismos” e ativista SOS Racismo, Jorge Paiva – ativista SOS Racismo