Sexta-feira | 07 de Outubro 2022

MICARzinha | sessão para 1.º e 2.º ciclo | 10h00

DÚDÚ E O LÁPIS COR DA PELE de MIGUEL RODRIGUES | Brasil | 2018 | 19′

«Me empresta o lápis cor da pele?» é o ponto de partida para o conflito deste filme, tratado pela ótica de uma criança.

MIGRANTS de H. CABY, L. LERMYTTE, Z. DEVISE, A. DUPRIEZ, A. KUBIAK | França | 2020 | 8′

Dois ursos polares, forçados a migrar devido ao aquecimento global, tentam coabitar num novo destino com ursos-pardos.

SENHELO CALHIM de CCDEA — UCP | Portugal | 2021 | 10′

Eu sou cigana é um filme/manual para a desconstrução de estereótipos e valorização da cultura cigana.


MICARzinha | sessão para 3.º ciclo e secundário | 11h30

FLEE de JONAS POHER RASMUSSEN | Dinamarca | 2021 | 1h29′

Amin Nawabi, carrega um passado doloroso guardado por 20 anos e que afeta de forma silenciosa a vida que está a construir para si e para o seu futuro marido. Agora, Amin relata a sua extraordinária jornada como criança refugiada do Afeganistão.


Sexta-feira às 18h15 | Homenagem a Sidney Poitier

ADIVINHA QUEM VEM JANTAR de STANLEY KRAMER | EUA | 1967 | 1h48′

A jovem filha de uma família privilegiada traz para casa o seu namorado, um médico afroamericano com quem tenciona casar. Apesar do espírito liberal, os seus pais estão confusos, especialmente o pai, receoso deste casamento interracial.


Sexta-feira às 21h15 | Sessão de abertura

ALCINDO de MIGUEL DORES | Portugal | 2021 | 1h17′

DEBATE COM MIGUEL DORES

A 10 de junho de 1995 um grupo de nacionalistas sai às ruas do Bairro Alto para espancar de forma organizada pessoas negras que encontram pelo caminho. O resultado oficial do evento foram 11 vítimas, uma destas mortal, Alcindo Monteiro. Cruzando relatos de familiares, amigos e militantes, com arquivos audiovisuais e experiências de luta contemporâneas, Alcindo é a etnografia de uma noite longa — uma noite do tamanho de um país.

O documentário aproxima-se da trágica noite a partir de várias camadas de memória, como as de entes queridos de Alcindo, arquivos audiovisuais, imprensa escrita e gráfica sobre violência racial nos anos 90, vídeos caseiros, panfletos, documentos judiciais, revistas políticas, bem como pela observação de matrizes coloniais presentes na geografia da cidade de Lisboa, e observação de mobilizações sociais contemporâneas


Sábado | 8 de Outubro de 2022

Sessão das 15h15

MUR MURS de AGNÈS VARDA | França • EUA | 1981 | 1h22′

Vagueando entre Venice e Watts, Agnès Varda analisa as novas e pulsantes formas de arte urbana, através dos murais que se manifestam em Los Angeles no início da década de 1980, e de como estes contam as histórias das muitas comunidades daquela metrópole.


Sessão das 17h15

DISTOPIA de TIAGO AFONSO | Portugal | 2021 | 1h02′

DEBATE COM TIAGO AFONSO + ANA RITA ALVES

Ao longo de 13 anos, de 2007 a 2020,
o filme acompanha a mudança no tecido social da cidade do Porto. Demolições, expulsões e realojamentos que afetam a comunidade cigana do Bacelo, a população do Bairro do Aleixo e os vendedores da Feira da Vandoma.


Sessão das 19h15

TARRAFAL de PEDRO NEVES | Portugal | 2016 | 1h31´

APRESENTAÇÃO COM PEDRO NEVES

Tarrafal é uma viagem intensa pelo passado e pelo futuro do Bairro S. João de Deus, um documento vivo da história recente da cidade do Porto. Um dia, quase tudo se transformou num monte de escombros e mato. Restaram fantasmas que vagueiam entre os campos, as ruínas e o nevoeiro. Alguns desses fantasmas estão vivos.

São gente que ficou, gente que volta, gente que deambula pelas memórias difíceis daquele que foi o mais maldito bairro da cidade. Só que este Tarrafal, o nome do campo de morte lenta da ditadura salazarista, não fica em Cabo Verde mas sim em Portugal.


Sessão das 21h15

ESPERO TUA (RE)VOLTA de ELIZA CAPAI | Brasil | 2019 | 1h33′

DEBATE COM LUCA ARGEL

Um retrato do movimento estudantil que ganhou força a partir do ano de 2015, ocupando escolas estaduais por todo Brasil. Acompanhando três jovens do movimento e com imagens de arquivo de manifestações desde 2013, o documentário tenta compreender as ocupações e as suas principais pautas a partir do ponto de vista dos estudantes envolvidos.


Domingo | 9 de Outubro de 2022

Sessão das 15h15 | Sessão de Curtas-metragens

DEBATE COM MAMADOU BA

THE WAIT de NAYEEM MAHBUB | Bangladesh • Portugal | 2013 | 8′

Enquanto a noite passa, à porta de uma loja de conveniência, por entre cigarros, dois imigrantes do Bangladesh partilham as suas frustrações com a dificuldade de se legalizarem em Portugal.

JAMAIKA de JOSÉ SARMENTO MATOS | Portugal | 2021 | 15′

A pandemia veio aprofundar a pobreza e o isolamento da comunidade que habita o carenciado bairro Jamaica, na periferia de Lisboa, que neste filme conta as suas histórias num exercício narrativo feito em conjunto com o realizador.

MEETING THE MAN: JAMES BALDWIN IN PARIS de TERENCE DIXON | Reino Unido • França | 1970 | 27′

Filmado em Paris, onde Baldwin vivia na altura, e idealizado como um retrato documental do escritor e das suas posturas políticas, cedo neste filme se expõem as fricções entre realizador e retratado.


Sessão das 17h15

NÓS VIEMOS de JOSÉ VIEIRA | Portugal • França | 2021 | 1h06′

DEBATE COM HUMANS BEFORE BORDERS

«Tinha sete anos quando atravessei a fronteira, a 23 de Janeiro de 1965, para Hendaia. Não tenho memória de chegar a França. Como descrever um acontecimento de que não se tem memória, a não ser procurando a história própria na de outros?» José Vieira


Sessão das 19h15

FORDLÂNDIA MALAISE de SUSANA DE SOUSA DIAS | Portugal • Brasil | 2019 | 42′

DEBATE COM SUSANA DE SOUSA DIAS

Filme sobre o presente e a memória de Fordlândia, uma company town fundada por Henry Ford na floresta amazónica em 1928, para escapar ao monopólio britânico da borracha. Hoje, o que permanece das construções atesta a escala do fracasso deste empreendimento neocolonialista, que durou menos de uma década.


Sessão das 21h15 | Sessão de encerramento

SOLEIL Ô de MED HONDO | Mauritânia • França | 1970 | 1h44′

Um homem chega a Paris, vindo da Mauritânia, nos anos 1960, com promessa de trabalho e confiante numa vida melhor, para logo experienciar todo o tipo de segregação, isolamento e desilusão. Soleil Ô é um filme-manifesto que expõe a pesada herança do colonialismo, as suas ramificações sócio-económicas e o racismo sistémico que se replica.