Med Hondo | Mauritânia/França, 1970, ficção, 1h44m, M/6 

Um homem chega a Paris, vindo da Mauritânia, nos anos 1960, com promessa de trabalho e confiante numa vida melhor, para logo experienciar todo o tipo de segregação. Soleil Ô é um filme-manifesto que expõe a pesada herança do colonialismo, as suas ramificações sócio-económicas e o racismo sistémico que se replica. As suas experiências são demonstradas através de diversos adereços e cenários que combinam ousadamente o documentário, o folclore, e a sátira. O filme representa um ataque ao colonialismo, ao racismo e ao capitalismo Ocidental, mantendo a sua  relevância até aos dias de hoje e ilustrando grande parte da luta pela representação cinematográfica de Hondo ao longo da sua carreira. É um manifesto original, com influências do Cinéma vérité, da montagem eisensteiniana e do absurdo.

Prémios: Leopardo de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Locarno 1970